Publicações

                                                                                                                por Shayda Cazaubon Peres



MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

COORDENADORIA DE PROGRAMAS E PROJETOS

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – PIBID






RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO 1º SEMESTRE DE 2014

REUNIÕES DE ÁREA – ARTES VISUAIS






PROFA. DRA. MARISTANI POLIDORI ZAMPERETTI

Coordenação do Subprojeto Artes Visuais – Centro de Artes – UFPel

Pelotas, 2014


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       Este relatório apresenta as atividades realizadas no Subprojeto Artes Visuais do Pibid/UFPel (Projeto Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) – reuniões de área – que ocorreram no primeiro semestre de 2014, sob minha coordenação.

       Ocorreram, neste período, quinze reuniões, a maioria foi realizada no Centro de Artes da UFPel, na sala 302 do prédio da Rua Alberto Rosa, nº 62, Porto (Fig. 01); outras reuniões foram realizadas no Auditório do MALG (Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo), na Rua General Osório, nº 725, no centro da cidade de Pelotas, RS (Fig. 02). As reuniões na sala 302 do Centro de Artes ocorriam nas sextas-feiras; os encontros no MALG aconteciam nas terças-feiras. As reuniões iniciaram no dia 15 (quinze) de abril, com periodicidade de duas vezes por semana, com o objetivo de congregar o maior número de alunos, verificando as disponibilidades dos mesmos e buscando nivelar as informações, em função da maioria dos acadêmicos cursarem o primeiro semestre do curso de Artes Visuais – Licenciatura.


Figura 01 – Reuniões do Subprojeto Artes Visuais no Centro de Artes, sala 302 – 
Pibidianos (esq. p/ direita): Vanda, Luciano, Mara, Sílvia, Thiago, Danielle, Ítalo, 
Amanda e Carolina. Fotografia: Maristani Zamperetti, 2004.

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Fig. 02 – Reuniões no Auditório do MALG (Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo). 
Grupo (esq. p/ direita): Mara, Zely, supervisora Rosana, Luciano, Amanda, 
Kathleen, Uidis e Lauro. Fotografia: Maristani Zamperetti, 2004.

       As datas das reuniões foram as seguintes: em abril, dias 15, 18, 25 e 29; em maio, dias 06, 09, 13, 16, 20, 23 e 30; em junho, dias 06, 13 e 27; e em julho, no dia 11. A partir de junho principiamos a ter uma reunião semanal, sempre às sextas-feiras, no horário das 14h às 18h, na sala 302 do Centro de Artes.

       Os dezesseis alunos selecionados em abril para constituir o grupo do Pibid – Artes Visuais foram os seguintes: Alane de Oliveira, Amanda Delgado de Souza, Bibiana de Oliveira, Carolina Tessele, Danielle Costa, Kathleen O. de Ávila, Lauro Cirne, Luciano Nascimento Jr., Mara Blodorn, Marilia S. Santos, Nathalie Carvalho, Sílvia Nunes, Thiago Plasa, Uidis Evangelista, Vanda M. de Moraes e Zely Carrion. Em função da desistência das alunas Alane de Oliveira e posteriormente, Bibiana de Oliveira, assumem os suplentes Ítalo F. Costa, em abril e Patrícia Moreira, em maio. Posteriormente, em junho, a bolsista Carolina Tessele pede cancelamento de sua bolsa, assumindo Shayda Peres no início de julho.

       As supervisoras, Profa. Rosana Vieira Amaral, da Escola Estadual de Ensino Fundamental Santa Rita, e Profa. Olivia Rosa Herreira da Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Antônio Leivas Leite vieram a compor o grupo do Pibid – Artes Visuais (Fig. 03). A supervisora Raquel Peter de Lima, professora

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de Artes Visuais da Escola D. Joaquim F. de Mello compareceu em duas reuniões, porém foi convidada a participar das reuniões do subprojeto Música, em função de estar sob responsabilidade daquela coordenação.


Figura 03 – Reunião do grupo Pibid – Artes Visuais no Centro de Artes. 
Fotografia: Shayda Cazaubon Peres, 2014.

       Em abril são repassadas as primeiras informações aos acadêmicos bolsistas, de acordo com os assuntos informados pela coordenação do Pibid/UFPel. Os tópicos tratados referiam-se ao número de horas que cada bolsista deveria cumprir, 12 horas em encontros presenciais e de estudos. Foi combinado que iniciaríamos os estudos teóricos dos documentos oficiais como LDB, PCN e Temas Transversais, relativos à Formação Didático-Pedagógica Geral, em especial os que tratam do Ensino Fundamental e da área específica de Artes Visuais. Da mesma forma ficou acertado que a partir do segundo semestre daríamos início aos diagnósticos escolares, da escola e da área de estudo. Tratou-se da necessidade de planejamento das atividades disciplinares e interdisciplinares para o segundo semestre, ou seja, da execução de atividades que agreguem as necessidades formativas e educativas levantadas a partir do diagnóstico do contexto escolar, para que se possam ampliar as oportunidades de construção do conhecimento em níveis crescentes de complexidade.

       No mesmo mês foi comentada a ida às escolas com apresentação dos bolsistas à comunidade e da atuação dos bolsistas das Artes Visuais nas séries finais do Ensino Fundamental. As escolas a serem atendidas pelo subprojeto


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do Pibid são estaduais: Assis Brasil; Areal; Santa Rita; N. Sra. Navegantes; Prof. Luis Carlos da Silva; D. Joaquim Ferreira de Mello. Os dezesseis bolsistas serão distribuídos nas escolas; nas quatro primeiras escolas irão três bolsistas, nas duas últimas, dois bolsistas.

       Solicitei que os acadêmicos tivessem seu material para anotações – um caderno, um bloco ou folhas – à sua escolha, para que fizessem registros das reuniões e dos assuntos tratados. Ficou decidido que a cada reunião um bolsista faria a ata do dia. Forneci instruções para a elaboração de atas das reuniões do Pibid, onde o bolsista necessita desenvolver rapidez na escrita e organização de ideias, procurando expressar, de forma objetiva os assuntos mais importantes tratados no dia.
Comentamos sobre a necessidade de leitura e estudo dos materiais (documentos oficiais e outros textos de Artes Visuais), com o objetivo de formação do leitor crítico. Para tanto realizaremos oficinas de leitura e de interpretação de textos, divulgação dos trabalhos e organização de material didático interdisciplinar.

       Foi informado e solicitado aos bolsistas a assinatura, leitura e entrega do Termo de Compromisso do aluno-bolsista, como também realizada a escolha de um representante e um suplente dos alunos para atuarem junto ao Conselho do Pibid. O bolsista Uidis Evangelista se prontificou a atuar como representante, e Patrícia Moreira ficou como suplente, com o objetivo de participar da comissão de acompanhamento do projeto junto à Universidade.

      Em relação ao recebimento das bolsas, os acadêmicos foram informados que as mesmas são depositadas em suas contas no período do primeiro ao décimo dia do mês. Na ocorrência do não-recebimento o bolsista deve se dirigir ao coordenador de área, e este, ao coordenador geral do Pibid, Prof. Verno Kruger, por e-mail.

     Os alunos escolheram cores e tamanhos para suas camisetas, as quais serão confeccionadas para o segundo semestre.
Foi criado em 25 de abril o grupo no Facebook “PiBID UFPel 2014” (Fig. 04), com o objetivo de manter contato frequente entre os integrantes do grupo da área, divulgando informações e partilhando conhecimentos.


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Figura 04 – Página do Facebook com o grupo “PiBID UFPel 2014”


       O bolsista Luciano Nascimento Jr. foi o responsável pela criação do grupo e propôs uma imagem como marca visual do Pibid – Artes Visuais (Fig. 05). Posteriormente Lauro Cirne criou outra imagem no dia 05 de maio, e iniciamos a votação. A maioria votou pela segunda imagem, e assim foi escolhida a marca visual do grupo (Fig. 06).


Figura 05 – Proposta de marca visual para o grupo Pibid – Artes Visuais


Figura 06 – Imagem escolhida para marca visual do grupo Pibid – Artes Visuais


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      Iniciamos, por decisão conjunta, pelo estudo da Lei de Diretrizes e Bases, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e apresenta pontos importantes no que concerne à presença da arte nas escolas brasileiras. Os alunos compreenderam que a arte deve fazer parte da formação básica do cidadão, no Ensino Fundamental e Médio. Chamei a atenção dos alunos, em especial, que no artigo 26, 2º parágrafo aparece que: “O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos” (BRASIL, 2013, p. 19). Esta informação, apesar de amplamente divulgada, deve ser sempre ressaltada para os alunos iniciantes, pois esta lei foi importante para o Ensino da Arte no sentido de sua obrigatoriedade, portanto, deve ser respeitada e defendida pelos futuros profissionais.

      A partir desta discussão os bolsistas falaram sobre a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Indígena no Ensino Fundamental e Médio da rede pública e privada de todo Brasil, a partir da criação da Lei 11.645 (BRASIL, 2008). Em 2013, fez 10 anos da implementação da lei e os alunos questionaram-se se ela está sendo aplicada e como este estudo poderia ser colocado em ação.

     Com o objetivo de discutir alguns pontos que poderiam ser abordados em futuros projetos da área ou interdisciplinares na escola, relembrei algumas vivências como professora de Artes Visuais na rede municipal de Pelotas, quando na ocasião buscava colocar em prática Lei 11.645. Para tanto apresentei um PowerPoint que continha um trabalho desenvolvido na Educação de Jovens e Adultos (EJA), realizado em conjunto com outros professores da área da EMEF Almirante Raphael Brusque (Fig. 07) em 2009.

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Figura 07 – detalhe de imagem contida no PowerPoint apresentado na reunião do Pibid 
a partir da discussão sobre a implementação da Lei 11.645. Pinturas realizadas por alunos do EJA
 da EMEF Raphael Brusque, Pelotas, RS. Fotografia: Maristani Zamperetti, 2009.

      O tema gerou discussões de como tratar os preconceitos, as diversidades culturais e sociais, presentes nos ambientes escolares, e a necessidade da escola trazer a realidade para a sala de aula. A supervisora Raquel Lima afirmou que “muitas escolas não aceitam a euforia causada pela aula de arte, nem o trabalho em grupo ou a expressão e visão do aluno” (INFORMAÇÃO VERBAL. RELATÓRIO - AMANDA. 04.09.2014). Para a supervisora, a existência das leis é fundamental para a manutenção da liberdade no Ensino da Arte, ressaltando a importância da pressão social na alteração das realidades nacionais. Os bolsistas entenderam, a partir da colocação da Profa. Raquel, que conhecerão um micro-universo cultural e social, a partir das seis escolas onde o projeto do Pibid acontecerá, e que a atuação dos acadêmicos terá repercussões no ambiente escolar.

      Após o estudo da LDB realizado em grupo decidimos por fazer a discussão sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais, em especial, o PCN – Arte, relativos às 5ªs e 8ªs séries, que abordam as diferentes terminalidades artísticas – Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. Achamos interessante conhecer as variadas linguagens, ainda que os acadêmicos cursem uma específica, pois eles irão interagir com outros colegas que estudam as demais terminalidades artísticas, facilitando o diálogo entre as áreas do conhecimento. Iniciamos no mês de maio, no dia 09 (nove) o estudo dos Parâmetros Nacionais; os alunos se distribuíram em quatro grupos, com o objetivo de

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desenvolverem os temas em forma de seminário. Os grupos e suas respectivas páginas ficaram assim definidos:

G1: Amanda, Carolina, Danielle e Ítalo – Páginas: 01 á 37;
G2: Kathleen, Lauro, Luciano e Mara – Páginas: 37 á 66;
G3: Marília, Nathalie, Patrícia e Sílvia - Páginas: 66 á 90;
G4: Thiago, Uidis, Vanda e Zely – Páginas: 90 até o final
(ATA DE REUNIÃO. 06.05.2014).

      O conhecimento destes parâmetros é importante para os futuros professores para que estes possam desenvolver atividades e processos artísticos com seus alunos, percebendo os diferentes contextos e espaços de produção artística e se posicionando em relação a uma diversidade de propostas artísticas da sua região, outras regiões do país e de outros países. Desta forma, os alunos passarão a estabelecer conexões entre suas produções escolares e a cultura ampla, em especial, a cultura visual, que está presente nas diferentes formas de vivências sociais, permeando estas relações e modificando as formas de inter-relações, ampliando o seu universo cultural. Foi possível perceber a validade do estudo dos PCN – Arte (Fig. 08), pois os acadêmicos, ao tomarem conhecimento do texto, perceberam que a proposta ainda está sendo pouco utilizada. Segundo a bolsista Vanda,

[...] aprender sobre propostas de ensino que foram escritas a mais de uma
 década e que realmente não estão sendo pondo em prática por uma 
série de fatores como remuneração de qualidade, condições de trabalho 
e legislações ultrapassadas, o PIBID nos dá ferramentas para tentar 
argumentar por melhorias, agora cabe a [mim] tentar fazer um bom 
uso destas ferramentas e conhecimentos adquiridos na academia, 
dentro da escola [...] (AVALIAÇÃO 1º SEMESTRE, junho de 2014).



Fig 08 – Apresentação dos PCN – Arte pelo bolsista Uidis. Fotografia: Maristani Zamperetti, 2014.

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       Para os bolsistas foi importante a apresentação do seminário sobre o PCN, que tem como foco principal a oralidade, permitindo a discussão acerca de conhecimentos específicos da sua área (Fig. 09). De acordo com a pibidiana Carolina, “[...] foi conversado sobre a importância das práticas de fala [oralidade] para se acostumar com as futuras apresentações dos bolsistas nas escolas”. Ela entendeu que: “Os parâmetros curriculares não são leis, existem apenas para os profissionais terem uma base para elaborar novas abordagens e metodologias nas práticas docentes” (ATA DE REUNIÃO, 09.05.2014). Desta maneira, o Pibid está contribuindo para a formação do leitor crítico, a partir da leitura de textos pertinentes à sua área de conhecimento e posterior socialização com os colegas e nos grupos interdisciplinares.


Figura 09 - Bolsista Kathleen apresenta tópicos dos PCN. Fotografia: Maristani Zamperetti, 2014.


       Na reunião do dia 13 (treze) de maio foi escolhida a equipe que trabalharia a criação do blog do Pibid – Artes Visuais. De acordo com a solicitação da coordenação geral, todos os projetos deveriam ter seu próprio blog, para tanto ocorreu uma capacitação para dois bolsistas. Os bolsistas deveriam entrar em contato com Iasmim, bolsista do Pibid responsável pelo laboratório de informática, pelo e-mail pibid.gestao.ufpel@gmail.com.

        Lauro responsabilizou-se em estabelecer os contatos iniciais com a equipe de gestão dos blogs do Pibid/UFPel, fazendo uma capacitação no mesmo mês. Ficou claro para todos que o blog do Pibid – Artes Visuais é de

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responsabilidade de todos os bolsistas, a manutenção será feita por Lauro; os dados devem ser alimentados por todos os componentes do grupo.

  Assim, o nosso blog está em funcionamento e pode ser acessado em http://pibidartesvisuaislicenciatura2014.blogspot.com.br/.

        A página inicial contém o seguinte texto que foi elaborado pelo acadêmico Lauro:

O PIBID objetiva a valorização e aperfeiçoamento dos professores 
em formação vinculados a educação básica. Nosso subgrupo, PIBID 
Artes Visuais é igualmente comprometido com esse aperfeiçoamento, 
para tanto, criamos esse Blog, a fim de compartilhar nossas descobertas, 
reflexões, sentimentos e práticas provindas das trocas entre os bolsistas
 e as escolas, bem como fomentar as discussões que circundam 
nossa formação com aqueles que aqui desejarem estabelecer 
essa troca. Sejam bem vindos! 
(BLOG PIBID – ARTES VISUAIS, 2014).

       No blog temos acesso aos seguintes materiais: notícias, reuniões, experiências, fotos e vídeos, a maioria já contém material publicado, outras ainda estão em construção. Nas notícias temos divulgado eventos de nosso interesse, como o 24º Seminário de Arte e Educação, que será realizado na cidade de Montenegro no início de outubro, o qual terá a participação do Pibid – Artes Visuais. Na sessão de vídeos estamos catalogando filmes e documentários com o objetivo de criarmos um projeto de extensão denominado “Cine-Pibid – transversalizando saberes”, que está sendo organizado pelos acadêmicos Lauro, Shayda e Kathleen. A aluna Shayda, ingressa em julho no Pibid, se tornou voluntária no projeto em finais do mês de maio, e principiou a colaborar com Lauro na manutenção do blog. A ideia inicial é trabalhar com os Temas Transversais por meio de filmes ou documentários. Lauro, que vem trabalhando no projeto, informa que:

Os temas transversais consideram as realidades sociais, relações pessoais,
 direitos, deveres e compreensão politica. São assuntos complementares à 
educação formal e contribuem para desenvolver as noções de cidadania. 
Unir ao cinema as temáticas abordadas pelos temas transversais: Ética, 
Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Saúde, Orientação Sexual, Trabalho
 e Consumo, contribui não só para a compreensão do grupo-foco mas
 também para familiarizar-se com essa ferramenta educativa e a
 possibilidade de aplicá-la posteriormente ao ensino nas escolas 
(PROJETO PARA O CINE PIBID. LAURO. 20.08.2014).

         Shayda criou várias identidades visuais do Cine Pibid (Fig. 10), para que os colegas fizessem a votação, segundo suas escolhas. No texto do dia 24 de


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agosto, em pleno período de recesso acadêmico, a pibidiana envia uma mensagem para todos:

Oi gente... estive conversando ontem com o Lauro Cirne a respeito do 
Cine Pibid e ele me mostrou qual a ideia que ele tinha do projeto e o 
que ele imaginava para identidade visual. Para início eu fiz alguns 
estudos de marcas. Queria que vocês falassem se curtiram o estilo 
de algum para marca do projeto. São somente estudos, então estão 
totalmente abertos a mudanças (estilo, cor, nome, designação, etc) e 
criticas. Numerei para ficar mais fácil de vocês opinarem 
(FACEBOOK – PiBID UFPel 2014).



Figura 10 – Criação de identidades visuais pela bolsista Shayda Peres, em votação 
através da página do Facebook - PiBID UFPel 2014.


No mês de junho continuamos com os debates a partir do texto dos PCN, pontuando alguns itens interessantes:


[Percebemos que os alunos tem] dificuldade de se situar no tempo 
[e espaço], ligados a tipos de aprendizagem e assimilação dos 
conteúdos [baseados fundamentalmente em memorização]. A associação dos 
fatos históricos com [situações] do cotidiano, pensando em como levar isso 
para sala de aula, fazendo uma ligação com diferentes tecnologias e 
informações [permite ampliar as possibilidades de ensino]. A 
contextualização histórica da arte abarca também a capacidade do aluno
 estabelecer links com áreas diferentes de conhecimento, buscando o 
sentido na informação que é veiculada 
(ATA DE REUNIÃO. KATHLEEN. 16.05.2014).


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       Os pibidianos destacaram a importância da docência na escola ser orientada pelo conhecimento da área de estudo, pela afetividade e por ações norteadas nos sentimentos de solidariedade, respeito mútuo, cooperação, tolerância à diversidade, diálogo e companheirismo, evitando qualquer tipo de situação que possa a levar ao bullying. Outra ideia surgida nas discussões em grupo foi tentar aproximar os projetos do Pibid com a realidade do aluno, reforçando o trânsito com os diversos repertórios na escola – o conhecimento formal e o informal. Desta maneira, o Ensino de Arte pode colaborar na elaboração de novas ideias sobre os fatos do cotidiano, que não sejam encaradas como verdades absolutas, mas sim, sendo vistas como mutáveis e provisórias.

      A bolsista Amanda aponta em seu relatório, que os estudos da LDB, dos PCN e os Temas transversais, trouxeram


para o grupo inúmeros debates e soluções para a vida pessoal e profissional 
dos futuros docentes. Além disso, ao longo dos tópicos, muitas experiências 
foram trocadas, e o surgiram questionamentos que apenas serão solucionados 
através da prática de professor ou professora. [...] Houveram diversas contestações 
sobre a composição e conteúdo das aulas, e muitos livros nos foram ofertados 
para sanar essas dúvidas, além disso as conversações trouxeram pontos como: 
necessidade de compreender que uma aula de artes não é exclusivamente 
prática; as infinitas possibilidades de adaptações de temáticas; associações 
com artistas; entre outros (RELATÓRIO. AMANDA. 04.09.2014).


      Visando aprofundar o estudo sobre a didática e as metodologias para o Ensino de Artes Visuais, providenciei material impresso (xerox) com quatro livros que considerei serem importantes para os bolsistas: Didática do Ensino da Arte. A Língua do Mundo Poetizar, Fruir e Conhecer Arte; Artes visuais, dança, música e teatro: práticas pedagógicas e colaborações docentes; Artes - a reflexão e a prática no ensino e 300 Propostas de Artes Visuais. Os mesmos foram disponibilizados aos bolsistas; cada livro com quatro cópias, de forma que cada acadêmico pudesse contar com um exemplar, material que deveria circular entre o grupo, possibilitando acesso às temáticas relativas ao Ensino das Artes Visuais. Conseguimos, até o momento ler dois capítulos do primeiro livro, o que gerou boas discussões, em especial sobre o que cada um considera como arte.

      Objetivando acesso livre, a bolsista Kathleen se dispôs a digitalizar os livros no formato PDF, para que pudéssemos lê-los na tela. Estão disponíveis


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na ferramenta de compartilhamento de arquivos do Google, no Google Drive: https://drive.google.com/folderview?id=0BwRpiEOpT1n7TTkxcFZYTDBpenc&usp=sharing.

      No dia 23 de junho, a partir da definição inicial dada pela Coordenação do Pibid/UFPel em relação às escolas estaduais atendidas – Assis Brasil, Areal, Santa Rita, N. Sra. Navegantes, Prof. Luis Carlos da Silva e D. Joaquim Ferreira de Mello – foi possibilitado aos bolsistas que escolhessem a escola na qual gostariam de desenvolver suas atividades. Para tanto, levei informações sobre as escolas, o endereço e bairro onde são situadas, para que ficasse mais fácil a escolha. Assim apresentei as escolas e os pibidianos se organizaram conforme sua preferência:


Assis Brasil, R. Antônio dos Anjos , 296, Centro – bolsistas: 
Kathlen, Ítalo e Amanda
Ginásio do Areal, Av. Domingos José Almeida, 2684, Areal – bolsistas: 
Carolina, Sílvia e Uidis
Santa Rita, R. Zola Amaro, 168, Três Vendas – bolsistas: Zely, Lauro e Nathalie
N. Sra. Dos Navegantes, R. Zumbi Dos Palmares, 295, Centro – bolsistas: 
Vanda, Luciano e Danielle
Prof. Luis Carlos da Silva, R. Dr. Arnaldo da Silva Ferreira, 100, Fragata – bolsistas: 
Mara e Patrícia
Dom Joaquim Ferreira de Mello, R. Professor Araújo, 1511, Centro – bolsistas: 
Thiago e Marília (ATA DE REUNIÃO. 23.05.2014).


       Os Temas Transversais: Ética, Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Saúde, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo são os próximos tópicos a serem estudados pelos pibidianos a partir do início do segundo semestre, decisão tomada na reunião do dia 22 de agosto. Ocorreu a divisão em grupos (Fig. 11) para a abordagem dos temas transversais em forma de seminários nas reuniões do Pibid – Artes Visuais. As alunas Vanda e Sílvia tratarão do tema Ética; Lauro, Nathalie e Uidis falarão sobre Saúde; Ítalo, Carolina e Amanda escolheram Orientação Sexual. Thiago e Kathleen tratarão de Pluralidade Cultural; Luciano, Danielle e Marília discutirão o tema Trabalho e Consumo.



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Figura 11 – Formação de grupos para estudo dos Temas Transversais. 
Fotografia: Maristani Zamperetti, 2014.

        A partir de junho e dando continuidade em julho, iniciamos o ingresso dos bolsistas nas escolas, com os coordenadores responsáveis pelas escolas realizando as primeiras reuniões. Assim, em junho abrimos espaço nas reuniões de área para que os pibidianos se manifestassem em relação às impressões iniciais que tiveram no contato com o ambiente escolar e com os professores coordenadores (Fig. 12). Alguns relatos falavam da grande receptividade da escola em relação ao Pibid e da organização da mesma para o acolhimento dos bolsistas, fato praticamente unânime em todos os ambientes; outros notificaram problemas na infraestrutura física dos prédios e na convivência escolar; ainda outros comentaram a dificuldade dos coordenadores em organizarem os horários para os bolsistas na escola. Segundo o bolsista Uidis, em julho,

as visitas nas escolas foram iniciadas e a (minha) escolha foi o Ginásio 
do Areal, tendo como companheiras de área a bolsista Silvia e nossa 
coordenadora na escola,a professora Flávia (Dança). Após nosso 
primeiro contato, foi realizada uma atividade de interação entre os 
participantes; somos doze das seguintes áreas: Matemática, 
Biologia, Geografia, Dança, Filosofia, Musica, Educação Física 
e Artes Visuais [...], também foi realizada uma socialização entre 
os bolsistas e os professores da escola. 
Na área de Artes Visuais, organizamos lanches de tarde colaborativos. 
O recesso paralisou as atividades do dia 18 de Julho ao dia 18 de agosto. 
Na escola, o retorno das atividades foi bem animado com a proposta 
de produzirmos um livro com base nos estudos sobre o Educador 
Paulo Freire (RELATÓRIO. UIDIS. 09.09.2014).


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Figura 12 - Debates sobre as primeiras impressões nas escolas. 
Fotografia: Shayda Peres, 2014.

      No início de julho ocorreu a segunda seleção para as bolsas do Pibid. Doze alunos candidataram-se às vagas, os cinco primeiros foram selecionados para substituírem, caso necessário, as vagas de colegas que deixarem o projeto.

     Ocorreu a suspensão de atividades presenciais em função de recesso dos alunos – acadêmicos e estudantes de escola – no período de 18 de julho a 18 de agosto. Em função deste recesso e como proposta de atividades necessárias ao recebimento das bolsas, solicitei que os pibidianos fizessem a avaliação do primeiro semestre e uma autoavaliação, com o objetivo de fundamentar a continuidade das atividades do segundo semestre. Como tarefa a ser socializada com o grande grupo posteriormente, cada bolsista deveria, de acordo com o Tema Transversal escolhido pelo seu grupo, realizar um resumo sobre o tópico, relacionando-os com atividades artísticas apontadas no livro 300 Propostas de Artes Visuais, justificando a escolha, de acordo com o tema. Combinamos que esta atividade daria início às reuniões do segundo semestre.

      A partir da leitura e avaliação dos pareceres e relatórios enviados pelos bolsistas, percebo que está ocorrendo uma grande disponibilidade dos componentes do Pibid – Artes Visuais no sentido de “[...] poder contribuir, trocar e acrescentar conhecimentos para a área de Arte/Educação e a docência [em Artes Visuais], conforme aponta a bolsista Sílvia, em seu relatório

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(10.09.2014). Sílvia acredita que “[...] a educação necessita de um grande diferencial e precisamos começar de algum modo”.

       Para concluir, apresento a finalização do relatório de Sílvia, realizado recentemente (10.09.2014), que consegue demonstrar, ao meu ver, a importância desta atividade de inserção nas escolas para os futuros docentes:


O projeto PIBID é tão importante para as escolas que recebem 
o projeto, tanto quanto para os alunos que participam. Observo que 
a universidade tem que se fazer presente nas escolas, e acredito que os
 [...] acadêmicos, participantes do PIBID passam á conviver com o meio 
que os aguarda na escola, preparando e aproximando a realidade 
escolar como um todo.
[Como] participante do projeto PIBID, [percebo que] ainda estamos 
todos nos adaptando á diversos processos, tanto na escola quanto
 á universidade, 
e ainda se faz necessário muitas reuniões e conversas com ideias 
inovadoras que acabam provocando discussões saudáveis e 
riquíssimas, projetando assim uma série de mudanças. Algumas
 imediatas e inovadoras e outras [que talvez] somente o tempo em
 que o projeto estará em vigor e atuante é que veremos os resultados.
Enquanto isso continuo na expectativa de uma escola melhor e uma 
universidade à serviço da comunidade e de influências totalmente 
positivas, honestas e com as melhores intenções de trabalho 
(RELATÓRIO. SÍLVIA. 10.09.2014).



REFERÊNCIAS:

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997. 130p. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro06.pdf Acesso em: 04 abr. 2014

BRASIL. Lei 11.645, de 10 de marco de 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm
Acesso em: 06 jun. 2014

BRASIL. [Lei Darcy Ribeiro (1996)]. LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9.394 [recurso eletrônico]. – 8. ed. – Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2013.

BLOG PIBID – ARTES VISUAIS, 2014. Disponível em: http://pibidartesvisuaislicenciatura2014.blogspot.com.br/

MARTINS, Miriam Celeste; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, M. Terezinha Telles. Didática do Ensino da Arte. A Língua do Mundo Poetizar, Fruir e Conhecer Arte. São Paulo: FTD, 1998.


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MÖDINGER, Carlos Roberto et al. Artes visuais, dança, música e teatro: práticas pedagógicas e colaborações docentes. Erechim: Edelbra, 2012.

ROSENTHAL, Dália; RIZZI, Maria Christina. Artes. São Paulo: Blucher, 2013. (Série a reflexão e a prática no ensino; v.9 / coordenador Márcio Rogério Cano).

TATIT, Ana; MACHADO, Maria Silvia. 300 Propostas de Artes Visuais. São Paulo: Loyola, 2002.







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  1. Nossa, quanta coisa já conversamos e estudamos! e o mais incrível, é perceber que a cada dia que passa, mais coisas surgem para conversarmos nas nossas reuniões. Essa troca de ideias e percepções é muito importante, e o pibid está proporcionando uma experiência enriquecedora!

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    1. Legal Kathleen, é bom saber que estão percebendo a importância dos registros de todos. É claro que muitas coisas se perdem no meio de tantas possibilidades, mas no fim, o resultado foi positivo.

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